Eufonia harmoniosa, à volta da fogueira
bailado de deleite, estilhaçando dores
libertação e efabulação do toque, na exploração,
na expansão de ti para mim, de mim para ti, de delícias,
num ritmo de roçar sensualmente nuvens
Introduzes uma cereja na tua boca
que depois húmida da tua saliva, toca os meus lábios
e que eu trico entre os dentes.
Teus olhos ficam enfeitados
de purpurinas, que faíscam em mim.
Insubmissos teus dedos, acariciam as minhas «fracturas»
todas as possibilidades e mitos, na turbulência das seivas.
Somos felizes, nada impede de o sermos
mas fica sempre uma melancolia, de não ser possível
uma felicidade para sempre, como marionetas
que sem aviso, lhes cortam o cordel
Constrangedora e dramática impossibilidade
de negar o possível!
Maio