dia do enterro do sol,
no brilho,
os camelos adormecem.
mulheres núbias
usavam xales e leques,
lustravam
pratos de prata nas areias.
os camelos todos
quedaram-se em silencio,
cansados de ser navios no deserto
queriam carne, luz e vento,
aerólito, navio celeste
prossegue como bólido na manhã
irônico enforcamento,
cascos ressoando zumbidos nos paralelepípedos
navegando agora em águas tranquilas.