I.
e
eu
vivo
agonia
êxtase
prazer
carícias
múltiplos
chamados
pungentes
indesejados
II.
maldito
militante
conspurca
constantes
penitências
III.
no arco
na caixa
o cérebro
oco congelado
seus mistérios
terríveis segredos
sinos finos
para derrubar
implicam muitos
plexos intoxicantes
todos os lados
outono de idade
um caminho largo
sob os guindastes
devoção à morte,
ondulações de prata
IV.
erga os pilares
estouro de outono
onde queima a cabeça
brilhante tom azulado
semeadura de cereais
multidões de ódio
iluminam madrugada
V.
quando mal e mal
em todas as direções
no arco voltaico de solda
no frio, calor, agonizante
VI.
inúteis foram aqueles nossos esforços,
todos os cavalos eram forjados