Imortais,
por falar em imortais
que deixaram suas digitais
em poemas, em rimas,
em versos que só ensina
abrir portas e ideais
Plantaram sementes
nas mentes de gente
fechadas totalmente
pra assuntos tidos por banais
Escritos em versos, em prosa,
em trova, em contos, romances
Abrindo um novo mundo
ao lírico, que canta a poesia
de forma maviosa e perene de paixão
Que amavam rimar
brincar silabicamente
mexendo com os sentimentos da gente
Dizendo verdades
escondidas as sete chaves
cofre que só se abre
a quem reconhece a poesia
Fazer das rimas
ondas do mar,
num vai e vem inconstante
que fazem um coração amante, vibrar
Levando esperança,
a lugares impossíveis de navegar
Singrando em noites escuras
e sem lua, muito menos sem o luar
Navegar nas estrelas
que ditam caminhos
levando a horizontes longiguos
que só a poesia, te fazem chegar
Seguir o Cruzeiro do Sul
alcançar correntes, que te levam ao mar
Ao mar que avança
continentes inteiros, abraçando
os velhos marinheiros, que só
tem aguas e um lindo céu a olhar
Alcançar os cimos das montanhas
onde só as águias conseguem chegar
Onde fazem seus ninhos,
como conhecemos, no topo do mundo
Poetas são assim,
um universo sem fim
de um simples carmesim
em uma folha branca
uma poesia borrar
Deixando sua virgindade
entrando na puberdade
e entre versos e rimas
se fazer amar
Desbravar caminhos
jamais percorridos
tirar dos esquecidos
e fazer-se notar
Descer ao fundo do oceanos
e como num sono profundo
sua beleza, desvendar
Subir acima no céu
acima das estrelas,
rasgar esse véu, que envolve
tanta beleza,
e com destreza, transformar
Uma palavra simples
em uma rima rica
e de cada verso
no papel bran co impresso
Trazer à tona
a excelência, do poeta
e numa bela cadência
a poesia mostrar
A digital Divina
que deu o criador
a cada poeta a maneira
de mostrar.
O dedo de Deus
nos versos, nas rimas
que só o poeta,
descobre por seu olhar
Fadinha de Luz
2° parte do poema Universo em Verso
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)