Não tenho voz para o fado
Tenho mãos para a guitarra
Faço a guitarra chorar
Quando tu com nostalgia
Me dizes a cantar
Triste fado este o meu.
Saudade que eu tenho
De ouvir o Marceneiro
No seu fato domingueiro
Cantar o fado castiço
A Amália que chorava
Nas lembranças do passado
Na casa da Mariquinhas
Velhos fadistas de outrora
Embalados pelas guitarras
Nas casas de pasto afamadas
Cantavam como ninguém
O fado que é de todos
Neste país de ninguém
Mas são tantos os fadistas
Neste Portugal cansado
Lindas vozes cantam o fado
Nesta nossa pátria amada.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira