Tu és rio,
eu sou mar
à espera
que tu venhas,
saltitando
entre azenhas,
junto a mim
desaguar.
Tu és brisa,
eu tempestade
que fervilha
em pouca água,
amansado
pela mágoa
que me nasce
da vontade.
És razão,
eu sou paixão,
tu és livre,
eu sou prisão,
estou preso
neste jogo
em que quero
e desejo
nem que seja
só um beijo.
Tu és água,
eu sou fogo.