“Mil leões apresaste por memória;
Que, aos irmãos se ajudaras na alta guerra,
Se crê triunfo registrasse a história
Dos fortes filhos da fecunda Terra!"
Divina Comédia, Canto XXXI, ver 118/121
Como mendigos nauseabundos se acercam da aba do [meu] casaco,
estendendo [suas] imundas e esquálidas mãos em suplica tragada.
São gananciosos e pecantes sem fé; [é] cobarde o espírito opaco,
tentam me atrair. para veredas sem luz; longe de minha estrada.
Oh mãe! onde está o meu pai? Ele alguma vez disse: “meu filho,
prepare-se para a vida.” Se viver é habitar uma cova de leões,
enfrentar vorazes animais em cujos olhos selvagens soa. brilho,
ao vislumbrar: terror nos olhos da presa frágil adquire galardões.
Eu sei, [meu] pai ausente; a alma dessa criatura tacanha e pequena,
que preferiu ver brotarem do fundo de uma garrafa de aguardente,
os carinhos. que a um filho daria, conselhos pelos quais ainda brada.
Oh mãe! onde está meu pai? Meu pai[que] me abandonou nesta arena,
onde posso ser perseguido e. morto sem nenhuma defesa premente,
a não ser: meus braços que sequer [ele] ensinou a brandir a espada.