Sou um poema pequeno
Que não ambiciona ser grande,
Só grande na humildade
Porque a humanidade tem o meu ver.
Passei num jardim só e triste,
Por lá os homens têm sede
Uma manta muito velha
Álcool para matar o breu
Do frio que os faz falecer.
As beatas que os consomem
Não lhes dão pão a comer
Só os risos das crianças
Os ajudam a renascer.
As migalhas ficam para os pombos
Não os querem ver a morrer.
Querem o sorriso da idade
E, a mãe que os fez crescer.
Cristina Pinheiro Moita /Mim/