Poemas : 

Quase morro

 
Quase morro
 
Quando o sol alongou o telhado invadindo o quintal
e um bafo de brisa prenunciou o verão,
bocejou a tarde ao som de uma cigarra,
surgindo um morro na memória.

escalou o tempo um pico de vivência
agarrado num momento de enlevo
sem tocar o chão
cego ao brilho
de amar

abriu-se um interstício
naquele alto, causando
precipício pro fim

foi um morro triste

ressuscitado quando
a sombra do telhado
alcançou um pedaço
de mim



Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

Open in new window

 
Autor
MarySSantos
 
Texto
Data
Leituras
1268
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
4
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 05/06/2013 23:22  Atualizado: 05/06/2013 23:22
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Quase morro
Boa noite Mary, determinadas circunstâncias nos remetem a materialização de cenas oriundas do nosso imaginário, com profunda nitidez, parabéns pelo seu contagiante poema, um grande abraço, MJ.


Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 08/06/2013 17:17  Atualizado: 08/06/2013 17:17
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Quase morro
Olá Mary, boa tarde!

Pra escrever assim, como tu, necessário será entrar com em comunhão com as forças sutis da natureza, e percebo pelas metáforas ricamente desenhadas em forma de palavras. Somente poetas que em intimidade com as palavras podem fazê-lo. É o seu caso.
Amei sua poesia!

Carinho da Lu...