Quando em volta de um areal de dor
Cujo alcance nem o medo humano
Que bate em retirada cobre
Assisto à rápida queda sem pavor
Já que assim quis o dia no seu plano
Mais um charco, um calo e mais um pobre
E em sustenidos sentidos avisados
Não há romper de trovão que pareça
Nem sombra avisada que mereça
Um vento que dizem dos nossos lados
Pois se cumplicidades e ilusões já jogam juntas
As eras sempre gastas serão defuntas.
Revoluções e ódios a mais, outro futuro
Sangue de filhos desatrancam portões
Escreve-se a morte em novas plataformas
Voltarão os cães ao seu osso duro
E as crianças todas com suas lições
Crescerão humanas em pesadas formas
Já é vil a história quando retocada.
Já são imorais as resoluções da boa vontade.
Já é condenação a mão esticada da ajuda.
Será triste, a poesia não poder nada!
Será justo, a inconstância da verdade!
A própria tristeza e a justiça uma voz muda!