SUBSTITUINTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Amo-te ardentemente com o coração asfixiado,
Desejoso de ter-te em meus braços...
Isso perdura desde um longo passado,
Quando partistes deixando-me sem teus afagos!
E solitário busco pelas ruas uma substituta,
Que alimente as minhas fantasias...
Não quero santa... Pode ser até prostituta,
Da vida eterna vadia!
Já a busquei nos inferninhos da cidade,
Sem levar em consideração a idade,
Mas não foi complacente com os meus desejos!
São rosas pecaminosas de perfumes variados,
Já por muitos aspirados,
Sem aproveitamento na vigência dos ensejos!