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Nada

 
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Nada

Tinha as mãos cheias de luz
e o caminho era longo a percorrer...
Acendi todas...
Ergui altares...
Chamei irmã à noite...
Quis morrer...

Ai, mas na noite ninguém ouviu meu choro
quando o altar caiu
e as tochas deixaram
de iluminar estradas...
As tochas apagadas
penumbras mortas ficaram-me nas mãos
vazias e paradas...

Maria Helena Amaro
Agosto, 1968
Menção Honrosa Concurso Fernando Pessoa - Braga.

http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2013/06/nada.html
 
Autor
amacsequeira
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 02/06/2013 12:31  Atualizado: 02/06/2013 12:31
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Nada
Bom dia Maria Helena, quando fragilizados, tudo corrobora para o nosso panico total, Parabéns pelo seu contundente poema, eu te desejo um iluminado domingo, um grande abraço, MJ.