As línguas são fogo que flamejam
no escuro onde os corpos
desnudam ou ousam
adormecem e acordam!
Queimam em feridas loucas
quando a alma de joelhos
clama aos céus
Clama!
Chuva...
Chuva morna
em formas estreladas
para alimentar o breu
que o horizonte
sem memória embebeu...
As línguas são fogo que flamejam
a arder no coração do povo
que sufoca sem hora
lágrimas de outros tempos
perdidos no vento
movidos por mandatários (s)em pátria
que matam os sonhos
aos que entregam o corpo
ao trabalho árduo com honestidade...
Clama o fogo!
Chuva...
Chuva morna
que abra os horizontes
na claridade de um relâmpago
que fique para lá de uma data histórica...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...