teus olhos fedem
fingem-se mortos, opacos
sem brilho de lágrimas
semi-cerrados qual punho
impondo-se aos outros
pelo gesto
teus olhos ferem
ferem aos meus
ferem aos deles
são feras carniceiras
implorando sobras
para alimentar
tua cegueira
teus olhos pedem
clamam bolor
e fedem