Quando inteira jornada ainda tinha Viu a parca luz no escuro já sumir Viu todo o luar sem ter para onde ir E via o sol só quando exausto ia dormir
Ele via novos amigos do nada aparecer E também do nada viu muitos sumir E via a solidão antes de cada porvir Tambem as estrada que podia seguir
Viu muitas solidões serem a única opção Ouviu calado palavras sem poder arguir E viu palavras certas a muitos debandar Mas nem por isso ele deixou de as dizer
Viu o seu intimo certo uma hora silenciar Viu e vê a caretice em muito modo de agir E viu os desprezos daqueles que não seguiu E viu toda a agonia que o mundo ainda tem
Ele viu no tempo da espera a vida prosperar E viu na pressa muitos castelos se esfacelar Mas soube dar o tempo para tudo se arranjar E viu nos frutos tidos as sementes que deixou
Não sabia se das cinzas frias um dia voltaria Mas via muito escárnio, mas sabia que passaria Essmurrou muitas paredes dos traidos com ira Ele só não sabia o quanto de luz ali ele recebia
E enquanto todos viam o apagado do seu olhar Não viam o turbilhão que no seu intimo agia E maldiziam foi “só mais um que se perdia” Mas via das sementes a nova vida que surgia
Muitos se iam mas ele sabia que voltariam Viu as paredes sem luz sem saber como sair Conheceu o levantar sem saber para onde ir Viu o sol o incomodar pois o dia era sem fim
Ele via a brisa a sua pele fazer doída Ele via em Jesus um amor que gostaria Mas via os incrédulos só lhe maldizer E via outra viagem do zero ir conhecer
Mas via a poeira em cada novo levantar Via a vista se ofuscar sem deixar de olhar Via toda maldade se abatendo sobre ele Via todos rirem deixando a vida continuar
Viu muitos malquereres da vida só maldizer Mas viu muito desconhecido a mão oferecer Enquanto muitos próximos dele se afastar E via nos olhares o tudo que podia esperar
Mas então cansado deixava tudo acontecer E via o destino urdido a muitos derrubar Viu muitas janelas sem coragem de saltar E viu o quanto é forte o desejo de continuar
Ele viu tanta maldade em olhares insensíveis Nunca via riscos para no fim o amor ainda ter Mas não cansou com o peito aberto de procurar Pois a solidão inicial não haveria de ser o fim
Não esmorecia aceitava as trilhas que lhe surgia E o melhor conselho “qualquer caminho é de valia” Foi curto e grosso, mas o melhor que lhe serviria Então ele estava livre por todo atalhos perseguir Mas na calma hoje vê o quanto de amor consigo ia
“Nenhuma criança aprende a andar sem levar muitos tombos, mas quase sempre sorrindo se levanta novamente, até adquirir firmeza nos passos. Assim tem que ser o ser humano no caminho através do mundo.” Abdruschin em Na Luz da Verdade – Cismadores - www.graal.org.br
"A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo" Roselis von Sass - www.graal.org.br