Simples vultos...
Vultos de betão, ou não, que se erguem.
Sombrios uns, outros tão... iluminados.
Almas que se enclausuram em suas entranhas
os têm como tetos de proteção... fechados.
Uns os cuidam como seus senhores,
alimentam-os de luz, paz e alegria...
Outros os deixam sem norte e à morte,
na falta de vida, em lenta agonia;
na falta do cuidado que anseia... a sorte.
Escorrem nas paredes lágrimas dos céus.
Entranham-se e agarram-se sedimentos,
alimentos dos verdes que se fazem escuro,
que crescem e sobrevivem na sombras.
Ervas que eclodem alimentando-se do nada:
Do nada que cuidam de suas paredes;
Do nada que querem seu brilho... luz;
Do nada que almejam essa alegria que trás vida.
Edifícios feitos de nada (afinal) para alguns.
Sonhos de tantos em tantos ou nenhuns.
Perdidos e abandonados... revoltados
Lascas que caem, fissuras intratadas
em corpos, uns vivos outros mortos,
apenas cobertos por pinturas velhas,
em simples vultos... almas abandonadas!!
Rodrigo Lamar 23/05/2013