avariada a carruagem de fogo o auriga abandonou a boleia tomou da parelhas as bestas dianteiras para continuar infeliz viagem
numa ponte distante onde poucos chegaram sem a carruagem quatro negros corcéis nenhum deles voltou vivo ninguém viu a porta do inferno aberta e Satã com seu anel de rubis
três tomaram nos dentes os freios mas tombaram num tronco de árvore caída o peito arrebentado expondo entranhas espalhando cascos e vísceras ao redor o último em galope desenfreado mordendo o bridão nas águas de fogo assomou
manhã na ponte ao redor pastores cuidavam do rebanho manha na ponte encontraram poças de sangue e na relva orvalhada uma trilha de vísceras levando às portas do inferno o sangue derramado na ponte, sangue maldito dos cavalos negros que Satã escusou.