A alma abandona o corpo
Quando o corpo farto de esperar
Se deixa encaminhar
Para la da realidade incerta.
O último suspiro que o coração dá
Numa forma de se libertar
Do casulo onde viveu
Será esse também o sarcófago
Onde, para sempre vai adormecer
Na putrefacção da carne
Que lentamente a terra consome.
A alma, essa voa rumo ao desconhecido
Numa procura constante da eterna liberdade
Sem olhar para traz, no corpo que jaz
Numa cama com tampa, chamada caixão.
Alto! A minha alma, voltou para traz
Veio buscar o meu coração
Pois sem ele a minha alma não tem luz
Perde-se na escuridão do infinito
E deambula de estrela em estrela
A procura do brilho da lua
Sem nunca encontrar o sol
Seria, apena uma alma perdida
Neste universo chamado vida.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira