O amor é suave brisa,
que penetra pelas frinchas
desliza silencioso e instala-se!
Gera à sua volta uma onda de energia
que se propaga, pelo corpo,
em sublime deleite!
Chega à mente, de onde comanda,
ou descomanda os sentidos
e se perde na ausência da razão,
levado pelo ímpeto do desejo...
O amor é tão estranho,
transcendente e sublime, que dói!
Como esta dor que me corrói o peito
pela tua ausência,
na saudade do som melodioso da tua voz
quando me cantavas palavras de amor
e pelo brilho estelar dos teus olhos!
O amor é alegria, ilusão, quimera e felicidade
é dor que confunde o discernimento
e navega em águas de desvarios!
O amor, ai o amor...
é calor sem chama, sem fumo
queima como vulcão em lava ardente,
quisera que este sentir
fosse em ti, o reflexo de mim.
José Carlos Moutinho