Somos brancos, somos pretos,
Somos de todas as cores
Nascemos e morremos
Assim como todas as flores
Somos poderosos sem ter nada
E, donos das nossas dores
Somos homens e mulheres
Com olhos de todas as cores
Somos nós o nosso povo
E, também os senhores reais
Tentamos ser o que queremos,
Vamos seguindo ideais
Somos sonhos transformados,
Massas brutas dos demais…
Falamos em Deus como queremos,
Desculpas até demais.
Flor na ponta da espingarda
Detona por um canhão
Nas noites que calam a ferida
De queremos muito mais…
Somos fortes nas guerrilhas
E, fracos nos hospitais.
Cristina Pinheiro Moita /Mim/