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Nuances descoloridas

 
Existe um tempo de cores ténues onde as forças descaem em nuances descoloridas. A robustez felina e arrojada, transporta novos horizontes ao corpo caído nos joelhos cansados. Num grito de silêncio rasgam-se os coletes de força, erguem-se os braços para sacudir tudo aquilo que é pesado, nas sombras desconsentidas.
Os mantos antigos aconchegam a lua dos dias, onde o sol enrola o pensamento vazio, em novas formas. O baú da vida fica entreaberto a recolher folhas soltas, que contam histórias tão nossas...
Um cesto de verga aberto ao luar abre a mente, para que os pés se firmem em trilhos de pedra recolhidas pelo ventre, na construção de alicerces, que o destino traçará novos jardins em mil aromas quentes, nascidos do frio das paredes escuras onde se esquece que a vida é um mundo em descoberto...
Há sempre um fiel amigo que nos acompanha no seu silêncio, a ronronar amor incondicional...são almas que nos alegram pela lealdade e gratidão...quase uma lição à humanidade que tantas vezes se faz de abandonos...
Existe um tempo onde tudo é nada e o nada será a grandiosidade de uma tonalidade nova no infinito efémero que somos...dias de loucura pura... a renovar o fénix onde habitaremos para lá do corpo cansado e débil...


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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