Longe, ao esmo do entender ou sentir, sempre há um homem escuso de si, impedido pela fresta sonante do desgosto, de acreditar que algo pode alcançar ou fazer. A barba da amargura cresce incessantemente e avisa, que os dias se delongam, as cores se mudam, o preto se torna cinza e o branco, hum... infesta.
Sempre se esconde a face por entre o espelho, para o findar da labuta, ora empacada para quem sabe transcender a porta que se entra e sai de alma lavada, mas a água coitada, que de tudo é puro, não consegue entender tal negridão e ao cair por sobre o sujo, tende somente a sujar. Não que assim o deseja, mas ainda que enfinda é pouco para tanta lama.Os fios caem, o áspero se alisa, mas o sujo, o sujo só implica. Daí se tem com muito esforço o rosto limpo, límpido e puro? Não sujo. Os cortes que rapam a face, não entornam a alma, que retalhada, já nem se pode limpar, se lava a lâmina, se guarda o fio, e se engole a alma. Tudo para uma face linda(ou limpa) transpassar.
Cabe apenas ao tempo, novamente se estender e então se fazer insistentemente a barba, sem nada deixar crescer.
P.S: -Ai! Acho que acabo de me cortar.
Loção não ei de passar hoje, até cicatrizar...
"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."