Poemas -> Solidão : 

As Sementes do Tempo

 
As Sementes do Tempo
 
Image: David Liittschwager


As Sementes do Tempo
Soaroir 28/4/2012


Introdução


O pensamento não se submete a cárceres
Nem o sentimento à tabela periódica
E a poesia, coitada, não é versada em lógica.
Só os poetas, estes tontos, dizem
o que precisam dizer...


Parte I



Se baratas não têm cérebro


E sobrevivem as intempéries


Vou deixar a fragilidade


E de acusar o destino.


Casca grossa eu já possuo


Antenas por aqui não faltam


Só me resta é avoar;


Mudar um pouco de ralo


E do cheiro deste esgoto;


Da merda do povo de cima


Tanto quanto do de baixo;


Da lixeira no pé da escada


Exalante pelo (meu) basculante;


Das prostituições no entorno...


Socorro! Socorro!


Que eu não me acostume com o lixo!


Podia ter sido diferente...


- E por que não foi?


Falta de instinto?


- Não sei. Foco, talvez


Discalculia...



Open in new windowVocê pode exibir/reproduzir desde que (©Soaroir Maria de Campos em Luso-Poemas - "data de publicação") seja visível. Proibido copiar/criar obras derivadas/obter ganhos comerciais.

"(...) seeds from the Amazon recently catalogued by botanists Fernando Cornejo and John Janovec of the Botanical Research Institute of Texas."
 
Autor
Soaroir
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1263
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Srimilton
Publicado: 13/05/2013 03:22  Atualizado: 13/05/2013 03:22
Membro de honra
Usuário desde: 15/02/2013
Localidade: Nenhuma
Mensagens: 1830
 Re: As Sementes do Tempo
Sim, vivemos mesmo num esgoto, embora algumas flores teimem. O pior é se sentir o´próprio esgoto, no meu caso, claro; embora haja também algumas flores.


Abraços!