A floresta densa, intransponível
trilhar seus caminhos...desafios
existem muitos pares de olhos
por todos os lugares
Caminho, olhar atento
meu pisar é lento
procuro caminhar
contra o vento
preciso chegar a minha aldeia
trazer as novas que vi
desembarcar nas areias
da praia costeira
Estou aflito
sou guerreiro
não tenho medo
mas preciso ser ligeiro
Levantar morada
embrenhar na mata
procurar abrigar
a minha gente
Sou Guerreiro,
de muitos da tribo
entre todos
sou o melhor flecheiro
Vi homens armados
descendo de canoas diferentes
que ocupam muita gente
chegaram gritando
Acham que são donos
do meu habitat
Chego a aldeia
Reúno a todos
em pouco tempo
já não tem ninguém no lugar.
não se deixa pista
até onde tinha fogo, faz resfriar
Embrenhamos na mata
Mais uma vez
procuramos pra nós
um novo lugar
A Cada dia, somos levados
a procurar lugares
mais afastados,
pra nos refugiar.
As caravelas chegam
tomam conta do lugar
e por muito muito tempo
nosso lugar, vão nos tomar
O tempo passa,
O Guerreiro apenas vive
no passado distante,
e hoje já não tem, seu habitat
A luta continua
entre tantas luas e luas
continuamos a lutar
por um lugar pra morar.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)