Colhi a última flor do meu roseiral
Findou-se meu canteiro e jardim
Não raia mais o sol no meu quintal
Nem o sol que tenho dentro de mim.
Tudo aqui é triste, anódino e incolor.
O céu cinzento de estrelas isento
Como está agora aquela última flor
Que meus olhos veem se indo ao vento.
Com ela se vai o perfume macio da rosa
Em soluços chorosos fica o meu coração
A vida se torna insípida, fria e inodora
O dia diamante se torna plena escuridão.
Colhi a última flor do meu roseiral
Findou-se meu canteiro e jardim
Sobre meu canteiro, uma pá de cal
Outra na cova que tenho em mim.
Gyl Ferrys