Já perdi as contas de quantas vezes pensei em alguém para compreender minhas tristezas, dores e alegrias.
Já perdi as contas de quantas vezes na madrugada, voltando do bar, vi duas pessoas se amando, e já perdi as contas de quantas lágrimas emocionei-me disto.
Me pergunto se minha toda vida será isto: nada por um longo período, apenas pessoas-horas, pessoas-dias, perpendiculares entre um grande gostar e um muito odiar.
Sou daquelas pessoas que guardam mágoas. Guardo! Sou orgulhosa e talvez isto não seja, de fato, positivo para o meu sucesso, mas, no momento, não tenho outra opinião.
E sempre, sim, sempre quando estou sentada, com meu cigarro e minha cerveja, do nada aparecem duas pessoas se amando e se querendo tanto. Seja na minha frente ou na minha memória, materializam-se, como quem caçoa de um enfermo que não pode levantar da cama, ou estende algo de muito valor e suas pernas são curtas o bastante para não alcançar.
Penso em ser uma pessoa melhor. Secretamente escorrem lágrimas dos meus olhos durante algumas madrugadas e a solidão é um estridente silêncio que me cansa. Resultado? Me torno uma pessoa ainda mais fechada, ainda mais complicada para alguém se aproximar, entender, aceitar, saber lidar.
O bom do bar é que os poetas cantam, e eles bem sabem o que eu quero dizer. Duvida? Pergunte então ao Cazuza, Renato Russo, Raul Seixas e por ai vai...
Este texto contém edições de Eduardo Lazaro e a história é eu quem criei!
Boa leitura caros amigos! :D