"...com um imã anão atraiu uma romã,
encheu o peito de luzes e cruzes ..."
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- paciente e obediente -
ganha não leva, perde paciente,
nada é de graça, nada é presente.
as portas estavam escancaradas,
entrou sem ser convidado.
ele não levava nenhuma mala,
nem uma música ali não tinha.
quando anunciaram as latitudes,
as pessoas dali e o povo todo
ficaram com as bocas abertas.
ele esqueceu o paralelepípedo,
espalhou mica, quartzo e feldspato.
com um imã anão atraiu uma romã,
encheu o peito de luzes e cruzes.
jogou fora o radinho de pilhas,
puxou uma gaveta do arquivo,
no cemitério assistiu um enterro,
como se estivesse na Europa.
disseram para ser ele mesmo,
para ter todo o amor do povo,
jamais teria momento de repouso,
precisava para frente acelerar.
ganha, não leva, perde paciente,
nada é de graça, nada é presente.
sabia disso, tudo era tão evidente,
mas precisava ser muito obediente.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."