Perdão
Eu me disfarço de pesadelos e pensamentos
Faço tudo pelo tempo como a noite ou o dia
Que talvez você diga em apenas um momento
Vira o mundo espanto chama ardente tormento
E me tolhe de repente desta aventura errante,
Tão distante palpitar
Sou feito sangue que jorra, feche o livro por ora
Abra os olhos antes que a fera que devora te olhe
Espere que eu parta, não tenho mais desejos
Você é a dor do mundo inteiro e queima
Como ondas de fogo que teima
Em me matar
Não fazes parte deste tempo, é o abrir de uma janela
E me ver no amanhã, como fosse um maldito retrato
Disforme inchado sem perna ou braços, sem boca
Gritando . . . perdão!
Alexandre