O caso do Adamastor
Quem se lembra do Adamastor
Um homem muito trabalhador
Que morava em nossa região
Trabalhava duro o ano inteiro
E usava todo o seu dinheiro
Para em sua casa levar o pão
Estudou os seus cinco filhos
Que foram por outros trilhos
E mudaram pra outras cidades
Fico só com a sua companheira
Que adorava ser uma roceira
Além de ter outras atividades
Ao chegar o final de cada mês
O Sr. Adamastor por sua vêz
Ia vender queijos na cidade
Voltando com a carroça cheia
Muito alegre para sua aldeia
Para suprir as necessidades
Um dia parou na Barrafunda
E pediu pra Dona Raimunda
Um copo d'água para tomar
Viu o sofrimento da mulher
Pensou fazer coisa qualquer
Para que pudesse lhe ajudar
Deu-lhe metade do que tinha
Arroz, feijão e também farinha
E alguma coisa para mistura
Subiu na carroça novamente
Voltando pra casa contente
De ver das crianças a ternura
Assim toda vez que ia à cidade
Para sentir aquela felicidade
Destas crianças o abraçando
E com este seu gesto nobre
A mulher que era tão pobre
Dele também foi gostando
Passou a repartir o que tinha
Deu-lhe até algumas galinhas
Para ela começar a sua criação
Inventava uma necessidade
Para poder ir para a cidade
E satisfazer a sua nova ilusão
Mas a sua mulher desconfiou
E um parente ela contratou
Para o caso poder fotografar
E ele entrando casa adentro
O fotografo naquele momento
O seu flashe pode disparar
Aí então começou a confusão
Com letígio veio a separação
Repartiram tudo o que se tinha
A mulher pegou a sua metade
E mudou-se pra outra cidade
Com vergonha das vizinhas
Ele levou a outra para a roça
Morando na mesma palhoça
Que com a esposa construiu
Assim termina esta história
De um passado de vitória
E que o destino o destruiu.
jmd/Maringá, 02.05.13
verde
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