Quando os violinos choram
os meus olhos sorriem
nas cordas as lágrimas
são cristais de diamantes
esculpidos da pedra fria
aquecidos na madeira solta
onde os dedos tateiam sem teias…
A mente vive a liberdade
do som despido de palavras
coberta de serenidade
brotada da Primavera
quente do âmago
onde o Inverno
passa apenas como mera
história de uma gloriosa
ousadia de ser alegria
dentro de uma orquestra
onde o maestro
tem gestos libertos
perante a luz terna do olhar
carregado de esperança
com as mãos numa balança em métrica!