GOTAS DE MIM
Os pedaços estão em outra poesia.
Existem pessoas que gostam apenas de ler poesias que retratem assuntos específicos:
Mar, lua, amores, datas comemorativas, desilusões, etc... Percebo isso claramente, quando abro meu blog Lar e vejo na procura das pessoas, palavras que indiquem isso.
Mas sabem que tem uma curiosidade? De uns tempos para cá, não sei quem anda tentando me compreender além da autora da web, porque vi em algumas procuras por lá, frases como: COMO FÁTIMA ABREU VÊ O DIA DAS MÃES e outras do tipo.
Sou um livro aberto: Descrevo cada pensamento mais íntimo da mente, nas minhas linhas, acho até que deixo óbvio demais...
Agora, quem anda tentando saber mais de mim e da minha ótica sobre as coisas do cotidiano, posso adiantar que se ler o blog desde as primeiras postagens terá sim, um perfil bem entendido de quem eu sou.
Deixo aqui algumas "Gotas De Mim":
As coisas que me proporcionam pequenos momentos de felicidade, muitos não entenderiam... Pois são de uma total simplicidade!
Minha filha caçula diz que eu me contendo com tão pouco. Ela não deixa de estar certa...
Gosto das coisas simples, detesto futilidades.
Basta ter um teto sobre a cabeça, comida na mesa, remédio para meus tratamentos e algum lazer uma vez ou outra. Esse 'lazer', pode ser simplesmente assistir à um DVD de um filme que eu queira muito.
Sabem há quantos anos eu não vou ao cinema?
Mais de 30! Só o meu filho mais velho, já vai fazer 32 anos nesse ano, e depois que ele nasceu, só fui ao cinema uma única vez!
Posso ir a um brechó comprar roupas com a mesma naturalidade de comprar pão. Tenho poucos calçados, poucas roupas, maquiagem então... apenas o lápis de olhos, um rímel e um gloss
(que ganhei da minha cunhada), de resto mais nada!
Sempre vivi para a família, tipo dona de casa dos anos 60, espelhando em minha mãe.
Tive que renunciar as coisas da adolescência. A minha, foi muito curta, devido a um casamento precoce aos 16 anos...
Dali em diante, foi só trabalho e família. Nunca trabalhei fora, na verdade: Apenas no negócio da família: Uma lanchonete e mercearia, que faliram depois de 11 anos.
Tive que enfrentar muita coisa: Esposo doente por 15 anos consecutivos e fui a sua 'enfermeira'. Graças aos meus cursos na área da saúde, soube cuidar bem dele e de meus filhos.
Posso dizer que fui feliz em alguns poucos momentos.
Na maioria da vida, não. É até duro admitir isso, ainda mais, se um de meus familiares lerem o que escrevo agora...
De verdade, fingi a vida inteira estar tudo bem mas, nunca esteve...
Era só para não preocupá-los. Mas cada dia foi um martírio, durante muitos anos.
Hoje em dia, os problemas são outros... Ainda assim, me tiram lágrimas de vez em quando.
Vejo isso com naturalidade, sou espiritualista e acredito que cada um passa o que tem que passar, por missão. Aceito-a então. Sempre aceitei, acho que Deus me dá inspiração para escrever por eu ser assim...
Gosto de enviar mensagens de esperança, tolerância, perdão e caridade em meus contos e nas fábulas direcionadas para as crianças.
Há instantes de choro e de risos. As lágrimas lavam a alma, o sorriso engrandece a face, deixa-a brilhante como a alvorada.
Chorar (para mim) é alívio, talvez outras pessoas não compreendam isso, não espero isso:
Sou muito difícil de ser entendida! Mesmo com toda minha simplicidade...
É interessante isso: O avesso das coisas.
O que importa de verdade, é escrever os sentimentos:
Em prosa ou verso.
Dessa forma, não passo pela vida sem deixar o meu recado. Se eu fosse portuguesa como minha avó era, certamente minha vida poderia dar um fado...
Gotas de mim.
Fátima Abreu
Re: GOTAS DE MIM
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