Precipitam cadentes esferas de fogo
Todas oriundas desse império celeste
Ardem em chamas rubras cor-de-ouro
Nossos desejosos corpos terrestres
Arde a terra toda em poderosa chama
Brasas nos corpos pela relva a se amar
Faíscas fulgindo serelepe de nossa cama
Gemidos surdos e sussurros no escuro
Do quarto vagando nas suaves vagas do
Mar!
Ah! O mundo todo queimando em fogo!
Todas as formas coloradas em teus olhos,
Refúgio seguro... Fico aninhado em teus
Longos e compridos braços.
Toca-me... Beija-me... Corre tuas lindas
Mãos pelos meus cabelos cacheados...
Queimem línguas labaredas da paixão!
Faça luz perpétua em minha erma vida!
Caiam estrelas cadentes pelo meu chão!
Faça o oposto do famoso cavalo de Átila,
Que a relva, outrora, perolada pelo orvalho
Da fria madrugada, se ramifique e renasça...
Onde nascer uma flor brote um beijo meu
E, dentro de mim, nunca mais deixe um triste
Olhar teu.
Beijos! Te amo!
Gyl Ferrys