Caneta, caneta,
Que raio traças-te?
Era só eu e tu
Contra uma régua
Que o tempo comanda.
Porém uma linha
De curvas ereta
No céu embateu.
Na linha do tempo
A caneta desenha
O nosso fim...no firmamento.
Da linha, a parede,
Que sozinha
Se modulou.
E a caneta parece
Já por si desenhar.
Até que uma simples casinha,
Deu pra ambos consolar.
Eureka.
Para dominar a caneta
Alguém a terá de guardar.
E qual memória pra guarda
Senão aquela que amar?
Um momento bem curto,
Num ápice revivido!
E eis que na casinha
o vazio
é preenchido.
É então que surto!
Não sei o que terá acontecido!
Lá estava aquele segundozinho
Em eternidade convertido.
Foi roubo! Foi furto!
De arrasto levaram-no
sem pio...
meu coração esguio,
agora um reles cabo
ao serviço
da memória
que para sempre
guarda a caneta
na fronteira
do firmamento
com a terra inteira.
Cabisbaixo, silencio.
Invejando o meu amor,
Naquela fria casinha,
Onde me fico refém,
Numa varanda de vidro,
Com vista para o final
E queda pró início também.
"Even though i walk through the valley of the shadow of death, i will fear no evil..."
Inspirado em:
"
A timeline
You and I
against a rule,
set for us by time.
A marker drawn
to show our end
etched into its line.
The briefest moment
shared with you -
the longest
on my mind.
"
By: Lang Leav