Estarás sempre noutro lado, noutros sons que brisa matinal areja e trás ao ouvido...
Estarás noutros campos, noutras memórias que nem o tempo deixa esquecer; o mesmo sangue, o mesmo sorriso, a mesma face, o mesmo tempo tremido, o mesmo olhar, a mesma lentidão (porque nem o tempo a tremer nos acompanha); a mesma palavra balbuciada aos lábios secos "- A...m...o... t...e"... a mesma fome, a mesma paixao que se vive e desvive dentro e fora e si mesma, que se cria e consome nos gestos que não consentimos, aí ficámos retidos; aí retivemos, o mundo, as estrelas, o sol, a lua, e os astros e o universo, e o olhar; e a face daqueles que nos viram e não sentiram o mesmo que nós! no que se deixou por dizer! Se não dissémos, fizémos, e aí distanciámo-nos do mundo; não seguimos correntes.
Há em nós um rio que corre para mar nenhum, há em nós uma àgua que bebemos um do outro, como a paixão que se alimenta a ela mesma.
O mistério dentro de um mistério maior! "Ouve meu amor o que o pássaro canta, e aprendamos...