Aquele tal sorriso cínico nos cantos dos lábios
O leão vocifera e vem ás pressas a sua presa
Quem tem fome não espera nem pondera
Safado salafralho
Apetite anormal e animalesco
Não discute, rasga as roupas, paga o preço
Morde a carne, sorve o gosto, lambe os beiços
Negligenciam seus laços
Não evitam o seu olhar serpentino
Que rasteja cheio de asas rasas sobre as formas raparigas
E encerra enfim a tentação
Desse lobo tão distinto e varonil
Ao fechar sua conta, satisfeito, apoiado de cansaço, no balcão
Está na hora de fechar o Mulherio.