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Enviado por | Tópico |
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arfemo | Publicado: 27/04/2013 13:16 Atualizado: 27/04/2013 13:16 |
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Re: Carta à (minha) morte
...dizia em conversa séria um célebre homem junto a um jovem como eu (já faz tempo, pois...)que a partir dos 40 é tema obrigatório, embora nem sempre extrospectivo...
o texto tem a marca d´agua da autora: limpza de escrita e reflexão profunda bjs arlindo |
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Enviado por | Tópico |
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Betha Mendonça | Publicado: 27/04/2013 16:06 Atualizado: 27/04/2013 16:06 |
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Re: Carta à (minha) morte
A gente sente próxima quando vem,
mas que alívio quando parada, só olha e vai embora. Muito boa carta reflexão! Bj |
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Enviado por | Tópico |
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GELComposicoes | Publicado: 27/04/2013 16:22 Atualizado: 27/04/2013 16:22 |
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Re: Carta à (minha) morte
Que texto show!
Bom demais. Sobre a morte, não quero papo com ela. E ela que se cuide. Melhor treinar muito com os outros antes de me encarar. Abração. |
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Enviado por | Tópico |
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miriade | Publicado: 27/04/2013 17:27 Atualizado: 27/04/2013 17:30 |
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Re: Carta à (minha) morte
Ao meu olhar uma Ode à morte, destemida expressão, porém respeitosa ao grande e ultimo evento de nossas vidas...Quanta sabedoria em seus versos.
"Ainda vou acabar por amar-te, eu sei... devagarinho, na medida lenta das indiferenças, das incapacidades, das dores, do peso-morto do meu reflexo, nos olhos dos outros, do esgotar-me, simplesmente, como uma chama decrépita, que já não serve a luz de ninguém..." Sabe Teresa, penso que com a idade,vamos tentando decodificar esse grandioso mistério para poder aceita-lo, nem sempre nossa limitação nos permite,mas é inevitável esse questionamento.Eu particularmente já me perguntei se pode a morte ser poética rsrsrs. Vou deixar aqui no cantinho meu pensamento.Fiquei encantada com seu maravilhoso texto de beleza e conteúdo, parabéns. Poética é a morte por sentença, natural É morrer de morte morrida. Poético é morrer quando... A máquina de seu corpo, Completamente oxidada pelo tempo Já não tem serventia, nem conserto algum. Poético é morrer por não... Querer lidar como o cansado tédio, o total esgotamento do entusiasmo, Já então, muito envelhecido e nem tão bem utilizado. Poético é morrer quando... O coração em comum acordo com o cérebro, Exauridos da labuta, unem-se em pulsar e ânsia Num definitivo, digno ultimo suspiro. Poético é morrer quando... A vaidade faz parceria com a morte, por não suportar O declínio de um perecível corpo, vestido de uma pele fina Desbotada, desidratada e plissada por rugas irreversíveis. Poético é na ebriedade da morte Sentir o cheiro das flores brancas, O calor humano das velas acesas, em ultimas chamas Flores e velas, companheiras de vida e morte. Poético é pressentir sua chegada natural, Na advertência de um ameno calafrio, Sem temor algum, em reverência… Num afetuoso sorriso de aceitação. Poético é aceitar o percurso da vida Como sendo o caminho lentamente suave, Ao encontro do misterioso destino certo,à morte natural. Qualquer outro tipo de morte é ultrajante! Lufague |
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