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Re: o sol continuará a brilhar
Legal. Se Brás Cubas resignou-se a passar o tempo ditando suas memórias póstumas, aqui, o personagem, que já não caminha conosco, limita-se, simplesmente, a esperar que sua amada despeça-se do mundo dos vivos, e venha visitá-lo no simpático túmulo entre lousas, lápides e dois ciprestes (uma de minhas árvores preferidas). Jaz na escuridão, mas que o sol continue brilhando sobre a amada e sobre os que ainda estão vivos. A saudade, por si, é uma lâmpada, uma luz espontânea. Legal, aqui o amor é chama que tremula na candeia! Belo poema, Luiz. Apesar do cenário, o poema é levíssimo, pelo conformismo, paciência e amor do defunto, desafiando o leitor, que num primeiro momento pode nem perceber que a narração vem de dentro do túmulo. Abraço, Luiz. Parabéns!
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