A nuvem negra que me acompanha
Torna em chuva a minha tristeza
Em ser uma existência tão estranha
E tão alheia à própria natureza
Sou observado pelos olhos tristes
De um deus hoje já arrependido
E diz: "Filho, por que não desistes,
Se apenas para sofrer tens vivido?"
Eu olho para o céu e apenas ignoro
Sinto o meu rosto inteiro molhado
Falo comigo: "Quanto mais eu oro,
Mais ainda me sinto abandonado!"
Sigo pela estrada do esquecimento
Nascer para morrer, oh, que cúmulo!
No fim da estrada acaba o sofrimento
No fim da estrada estará meu túmulo!