Caminha cor
negro ébano
ganindo malta
faminta
abocanhando
estrelas
e vira-latas
de coleiras
roendo coxas
em becos
e solas de
calcanheiras
deixando rastros
em ruas
vestidas de
amarguras
de corpos de
prostitutas
minguando
tiras de luas
nos vincos
pardos de rugas
suando notas
impuras
em linhas
de partituras
– negro ébano –
rondas nuas
em noite escura
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.