ONDE ESTARÁ O POEMA DA JUREMA ?

Zé, agradeço o comentário e o mote.
um abraço.

Sarcopio Silva Soh

a pedido:




" um poema para Jurema


Jurema,
eu olho para você
o tempo todo
mas não me vê.

não liga para mim
vai ser o meu fim
vou me matar

e você Jurema
adorada
com quem
estou sempre a sonhar
vai ser a culpada.

sim, Jurema amada!
com a vida
eu vou acabar
duvida?

vou me afogar
se a água estiver boa
ali mesmo na lagoa."

Jurema, minha adorada
agora eu sei que me traia
também sei de quem é a cueca
aquela suja e usada
toda cheia de meleca
que achei embaixo da pia

Jurema, isso não se faz
sou só um pobre rapaz
que muito mesmo " te ama"
agora sei que tudo acabou
vai ficar vazia a nossa cama
veja só o que me restou:
- primeiro você fez festa
depois me enfeitou a testa.

para nós não tem jeito não,
vou voltar para minha maloca
e “tu” , que vá para o Alemão
já que preferiu aquele carioca

Jurema me confidenciou...

as aparências enganam
pensaste em traição, errou.
pois sua Jurema não te fala
mas d’outro amor não dedicava
o dela é mais que verdadeiro.

o dono daquela cueca usada
que encontraste debaixo da pia,
a tal que se encontrava suja;
não era, bem, bem, de meleca
eram suas, que ela guardara
como última lembrança de ti...

Jurema não quis te fazer sofrer
não por seres pobre rapaz
pois sabe o tanto que a ama
mas tudo um dia acabaria
diante do teu ciúme doentio
e findo os deleites na cama
insatisfeita com o que restou:
saudosa, de toda aquela festa
só muito tempo depois, pensou,
em querer te enfeitar a testa.

dela, sei, é decisão sem volta
lamento esta cena, até me dói.
tua Jurema não está com caRIOca
tampouco morando em Niterói...


aquele abraço caRIOca

Acho que tem razão.
Jurema não iria para tão longe de mim




Jurema, Jureminha, minha adorada
depois de tanto tempo ao meu lado,
numa vida tão boa, até acomodada
agora diz que está tudo acabado.

Já que sei que não está morando
nem passeando em Niterói
saiba que continuo “ te amando”.
e sua ausência ainda me dói

Sempre continuo a sua espera
talvez esteja sendo sincera
quando diz que sempre foi fiel
que não me traiu, foi recatada
foi só eu que fiz um tropel,
por uma coisinha de nada
um reles pedacinho de papel.

Tomara que de tudo certo,
e você fique por perto,
não vai acabar em desquite
até faço um último convite:
venha visitar-me na maloca
para recordar muito da gente
até pago um cachorro quente.


ainda dobro essa mulher.

um abraço