Poemas : 

Morada Das Cotovias

 
Veja, meu amor,
Aquelas nuvens corredias pelo empíreo
São apenas indícios de agruras findas
Mutadas em carneirinhos coloridos
Saltitantes num céu de andorinhas!

Olhe, meu amor, mais adiante...
Aqueles montes azuis, tão distantes,
São moradas dos filhos das serras;
Lá fluem rios de acordes e melodias
Em deltas onde a poesia impera.

Lá, por detrás dos jazigos do sol,
Cantam sinfonias, mil cotovias
Regidas pelo maestro rouxinol
Em notas musicais mansas e macias!

Além!... Mais além!...
Lá onde o vento faz mais de uma curva
Ultrapassando a barreira do infinito,
Sítio santo onde foi olvidado um grito
De uma entre mil bestiais criaturas,

Reverbera, mas ninguém... escuta.



Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1089
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 24/04/2013 00:47  Atualizado: 24/04/2013 00:47
Colaborador
Usuário desde: 03/11/2007
Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: Morada Das Cotovias
Texto lindo, caro poeta, deu gosto ler! Linda noite pra voce!


Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 24/04/2013 21:50  Atualizado: 24/04/2013 21:50
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
Localidade:
Mensagens: 6700
 Re: Morada Das Cotovias
Muito lindo Gyl!
Há quem ache lirismo cafona ou piegas.
Difícil ser lírico ao dizer do real
como fazes nesse poema.
bj