Tu, que me roubas de mim
e me levas a consciência
do meu Ser ...
Tu, que possuis o meu
estar só no mundo,
o meu lastro, o meu tempo!
Tu, que em ti suportas
o meu unico e inteiro
real momento,
isso que me falta à Vida:
o dia sem saida,
o meu tamanho...
Tu, em quem me sustenho
numa fria ilusão
profunda agonia,
dolorosa frustração.
Tu, tu, serás sempre tu,
onde morre meu Coração ...
Ricardo Louro
Estoril
Ricardo Maria Louro