Poemas : 

A dança louca das borboletas

 
.

Gracie,
borboletas vêm visitar-me.
A mulher de cabelos brancos
de vida já bem consumida
desfila estampa de flor
supostamente chamariz
de borboletas.
Mas é ao redor de mim,
de vida vazada pelos póros,
de ar aspirado em cigarro
que queima
enquanto tudo se dá,
que a borboleta vem dançar.
Asas espiraladas
de borboleta,
insecta alada
antes larva.
A borboleta
aprende a morte em vida,
quando deixa a casca caída
do casulo.
A ressurreição da borboleta
ensina renascer,
sem deixar de ser
no corpo físico.
A mulher de cabelos brancos
da morte só tem temor.
As roupas coloridas
é um grito eterno em eco de
vida
vida
vida
e nunca pensa em partir.
O medo de morrer a afasta
das borboletas.
É além da morte-vida, Severina!
A mudança metafórica;
a meta forma da mudança extática;
a metamorfose elástica
de aqui estar -
só sabendo
e aceitando a morte
se pode alcançar.
Dizem por aí,
borboletas,
que é possível,
inclusive,
aprender a voar.

.

 
Autor
thiagodebarros
 
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