"Foi quando notamos, ao longo do caminho, encostada à lívida muralha, e com as pálpebras cerzidas com fios de arame, para os olhos, que tanto cobiçaram, não vissem luz, uma multidão de sombras vestidas de rude silício; as sombras contavam, ou melhor, gritavam a litania de todos os santos, exclamando em uníssono: - Maria, orai por nós!".( Dante Alighieri- A Divina Comédia )
olhos, como águas sujas de lago subterrâneo... ...marcados;
...pela vergonha de nunca rezar. a boca ... boca permeada,
feridas roxas blasfemando palavras impregnadas de veneno.
mão pálidas, [ são] suadas e pegajosas como mármore “encardido”,
de estação. [mãos que] jamais souberam acariciar uma criança,
nem desfiar .... ... as contas de um rosário .... .... entre os dedos.
seria o deleite do desconhecido, carregadas das maldições;
de horrores destinam-se a “acariciar as bruxas”, e trazer a marca
do crucifixo sangrento decalcado a ferro em brasa na palma[da mão].
ao longo dos anos foi [para mim] um estranho, vil matador de sonhos;
de poesias. e ...... ...talvez nem com nascer do dia ...... possa escapar,
levar meu tormento na cauda derretida de um cometa sangrento.
carrega na alma erros “terríveis”, em todos os jardins em que passa,
deixa a tristeza sem nome. nos erros seculares sua alma, em tristeza;
sem signos, não consegue avivar memórias. [ é meu pai] rancoroso, blasfema,
com malícia “disfarçando” em gestos gentis. e ... ... ele pode até ... ... sorrir;
ter voz .........suave mas sempre me deixou [sozinho] chorando .....
....... no abandono .... .... cruel.