Joguei-me no mar da vida num momento
Onde imperava furiosa tempestade de verão
Assopravam-me para dentro a força do vento
No mar da vida eu me ia sem nenhuma direção.
Revolviam-me vagas tortuosas e espumantes
Sem tábua nenhuma onde pudesse me segurar
Eu me ia pela vida deixando me arrastar o mar
Para terras prometidas procurando ilhas distantes...
Naveguei, vaguei pelas vagas desde a infância
Sem nunca poder me aportar pois não via ilhas
Onde eu pudesse descansar com segurança.
Naveguei, vadiei por milhas e milhas e milhas...
E os anos se passaram eu no vai-e-vem infinito
Sendo levando pelo mar da vida e pelo vento
Sem rumo, sem preocupação com o sustento
A esperar por uma ilha num lugar bem bonito.
Gyl Ferrys