Com esse brilho no olhar,
Mente-me.
Ainda que seja por clemência...
Poupa-me a esta dor.
Tantas mentiras,
Já foram contadas...
Que o barro já nem cola...
Faz....
Faz o que tiveres de fazer,
mas não me vires as costas.
O azul dos meus olhos,
cinzento se pintou.
As lágrimas já não caem,
Foi o vento... Quem as levou.
Lamento...
Desculpa-me...
Queria ser forte,
e fingir que não me atinges,
mas chega de mentiras.
Atinges-me hoje,
como sempre me reinarás...
Porque tens nas tuas mãos,
Um reino que já mais vergarás...
Conquista-me,
Leva-me pela mão...
Tira-me deste mundo
De princesas e dragões.
Se o amor é para ser eterno,
Não há vilão que me faça desistir...
Porque tudo o que quero neste conto,
é encontrar de novo...
Um motivo para existir.
César Ferreira