Peixinho sapeca
Um peixinho bem sapeca
Que pulava sem cessar
Numa dessa levou à breca
Na correnteza foi parar
Gritava o peixinho aflito
Sem forças para voltar
Ninguém ouvia o seu grito
E nem podia lhe salvar
Adeus terra onde nasci
Não sei onde vou morar
Fonte, fonte não me leve
Não me leve para o mar
Adeus meu rio cauteloso
Adeus amigos do lugar
Este seu filho amoroso
Vai pra nunca mais voltar
Ao chegar ao mar profundo
Eu sei que não suportarei
Vou embora deste mundo
Pois em comida me tornarei
Ao passar num ramo seco
Disse num tom bem baixinho
Não quero morrer tão cedo
Mas não tenho outro caminho
E assim o pobre peixinho
Foi avistando o azul do mar
Foi tão triste o seu destino
Dum peixe maior foi manjar.
jmd/Maringá, 15.04.2013
verde
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visitante |
Publicado: 15/04/2013 19:38 Atualizado: 15/04/2013 19:38 |
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Re: Peixinho sapeca
Pobrezinho do peixe! Virou manjar e poema! Gostei! Abs
Angela
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