PESADELO
Que pungente silêncio, ao meu redor
Jamais senti tamanha solidão!
Olhei o tecto; só desolação…
Paredes...alagadas de pavor!...
Lareira abandonada, sem calor,
Gelou-me, agonizante, o coração;
Cruel algema, horrenda sensação…
Deixa-me em paz, fantasma de terror!...
Cambaleante, em casa, tão sozinho,
Quero fugir, hesito, na saída,
Numa sinistra sombra tropecei...
Ninguém me ouve gritar, chorar, baixinho…
Foi desde que partiste, irmã querida...
Meu Deus! Se não me escreves... Morrerei!...