arames amarrados
circundando pernas
hilariante e triste destino
a cada hora a cada momento
eu amo a loucura interior
os absurdos da comédia
a arte do concurso
na sala deitado no sofá
você joga as pernas para cima
na primavera lânguida
no fim do dia insano
quando já cantou emocionado
ardentes canções
no cativeiro do dia entrelaçado
descuide-me das musas
Leucipo e Ciana
não cuidaram de Perséfone
quando Hades a raptou
sou peregrino apaixonado
estou envelhecendo
atingido pelos flagelos
dos incêndios no cativeiro
em louvor a Calíope
mantive a chama acesa
preservando
a magia da luz