Algo de luz
Que vem dos seus olhos nessa manhã
Soa tão gracial, espontânea
A liberdade dos compassos inquietos
São seus braços
Pães-de-Açucares são imagens
De seus seios
Ilhas Virgens ou Noronha
e uns desertos
São os mares
São os sonhos
Que eu sonho
Nessas visões litorâneas
Estas de fronte
Sãs a côrte desse reino
Vê brilhantes esse corte no seu dedo
S'Angra na areia, nos põe medo
Nos inflama
Escreve o meu nome e me chama
Sou o dano que aclamas
Sou o homem que tú prezas
Sou a fera que tú amas
O auê dos índios não é drama
A fogueira espanta os bichos mais felinos
Nossos rastros foram apagados no caminho
Somos fogos florescentes de artifícios
Somos água, somos vinho
Somos mesmo
A nova forma de carinho
Daniel Flosino Lopes (Danny)
Poeta, compositor e escritor
Canções em festivais de músicas como MPB-Shell, coletâneas literárias da Shogun Arte e Crisalis Editora pelo Rio de Janeiro, crônicas no jornal Gazeta de Ribeirão Preto entre outras obras.